São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995
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Medida sacode os servidores

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A legado financeiro do governo Fleury ameaça provocar a primeira crise entre o funcionalismo e o governador Mário Covas.
Inquietos, dirigentes do sindicatos do servidores disseram ontem que não aceitam o parcelamento do pagamento dos salários.
"Os salários já são baixos. Ainda não sefala em greve, mas a notícia caiu como uma bomba e será automática uma reação", afirmou Ângelo D'Agostini, 31, do Conselho das Entidades dos Servidores Públicos do Estado.
Os sindicalistas se reúnem hoje com Miguel Reale Jr., 50, novo secretário da Administração.
"Não deve haver greve. Em dois dias, a administração Covas não pode ser penalizada pelo quadro lastimável que o governo Fleury deixou", adiantou Reale.
Já para o ex-secretário da Administração, Avanir Galhardo, 53, há "uma bolha confortável" para o pagamento dos servidores.
"A arrecadação do ICMS aumenta com o Natal e o novo governo ainda vai receber o IPVA. Em dezembro foi arrecadado R$ 1,06 bilhão e R$ 640 milhões foram para a folha", disse Galhardo.
Ele sugeriu que, se for preciso, o parcelamento por "quatro dias" deve recair sobre servidores "mais bem pagos", das universidades, estatais, Tribunal de Contas, Judiciário e Assembléia Legislativa.

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