São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Carvalho quer todos os ministros "alinhados"

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A palavra de ordem do governo é o alinhamento, disse ontem o ministro Clóvis Carvalho, 56, ao assumir o cargo na Casa Civil. "Tem que ter sempre uma política de governo estruturando as ações, não um somatório de ministérios agindo isoladamente", afirmou.
Carvalho terá a função de articular as ações entre os vários ministérios e cobrar dos ministros respostas ao programa de governo.
Entre as ações que devem estar sempre alinhadas está o Programa Comunidade Solidária, que ficará ligado hierarquicamente à Casa Civil, disse o ministro. O programa será coordenado pela socióloga Ana Maria Peliano.
O ministro disse que o Conselho de Governo –formado pelos ministros de Estado e pelo Advogado-Geral da União– terá sua primeira reunião nos próximos dias 6 e 7, na Granja do Torto (residência oficial de fim-de-semana da Presidência).
Carvalho nega que cada ministro vá receber uma "cartilha" com as ações que devem ser desenvolvidas em cada pasta. "Eles receberão considerações e ponderações, temas para refletir", afirmou.
A transmissão de cargo de Henrique Hargreaves para Clóvis Carvalho lotou o auditório da Presidência –muitos políticos estavam presentes. "Não recebi isso como pressão. A procura dos políticos pela Casa Civil é natural. É ela que faz o contato com os outros poderes", disse Carvalho.
O ministro disse ainda que o governo não fará mudanças substanciais no segundo e terceiro escalões. "O critério é o de competência. Se tiver, fica. Tem de se parar com essa história de que tem de mudar tudo a cada governo".

Texto Anterior: Itamar, Itamar
Próximo Texto: Tomam posse 19 ministros; Pelé e general assumem hoje
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.