São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995![]() |
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Amoroso lamenta temporada no Japão
MÁRIO MAGALHÃES
A frustração é não ter disputado a Copa dos EUA. O objetivo é firmar-se como camisa 10 da seleção para conquistar o torneio olímpico em 1996 e o Mundial de 1998. O objetivo, aliás, faz com que ele rejeite, no momento, a idéia de jogar no exterior. Na semana passada, especulou-se que o Palmeiras poderia comprar o jogador, em um negócio milionário (cerca de US$ 7 mi), que envolveria ainda seu companheiro de ataque, o centroavante Luisão. Folha - Você tem sotaque carioca. É mais um jogador do Rio que emigrou para São Paulo? Amoroso - Mais ou menos. Nasci em Brasília, mas morei muitos anos no Rio. Meu pai se mudou com a família para Brasília quando o Senado, onde ele trabalhava, foi transferido para lá. Folha - Você começou a jogar futebol em Brasília? Amoroso - Sim. Entre 1987 e 1989 joguei no time do Clube do Senado. Era centroavante. Folha - De onde vem a sua técnica? Amoroso - Uma coisa que me ajudou muito era a mania, quando criança, de jogar com bolas de tênis e de meia. Pequenas, elas desenvolveram minha habilidade. Folha - Você passou por outro clube antes de ir para o Guarani? Amoroso - Fui direto para o Guarani, indicado pelo José Roberto Buani, que foi técnico dos aspirantes do Guarani em 1978, quando a equipe profissional venceu o Campeonato Brasileiro. Folha - É verdade que você foi reprovado em testes no Fluminense e no Vasco? Amoroso - Não. Ambos os testes foram em 1989. No Fluminense, participei de um treino e marquei dois gols. Disseram para eu voltar dois anos depois, o que não me interessou. Folha - E no Vasco? Amoroso - Passei no teste e treinei uma semana. Depois, voltei para Brasília para estudar. Nunca mais voltei no Vasco. Folha - Por que você se transferiu para o Japão em 1992? Amoroso - Porque acharam, no Guarani, que eu ainda era muito novo. Lá fui bicampeão pelos aspirantes do Verdy. Voltei ao Brasil em janeiro de 1994. Folha - Não quis ficar? Amoroso - Em janeiro de 1994, estava acertada a venda do meu passe por US$ 350 mil. Só faltava meu pai assinar o contrato. Na última hora, o presidente do Guarani, Beto Zini, me segurou. Folha - Como você vê seu futuro na seleção brasileira? Amoroso - Se não tivesse me mudado para o Japão, acho que teria ido à Copa. Fui a revelação do Campeonato Brasileiro de 1994, mas isso poderia ter acontecido antes, como no caso do Ronaldo, hoje no PSV (Holanda). Folha - O técnico da seleção, Zagalo, já disse que você foi o camisa 10 que faltou na Copa, para substituir Raí, em má fase. Amoroso - Teria me dado bem. Fiquei chateado, mas estou certo de que em 98, aos 24 anos, estarei no auge e vou ser pentacampeão mundial. Texto Anterior: Cannigia não aceita ordem de Passarella; Burruchaga volta a jogar após 18 meses; Vasco desiste da Liga Masculina; Seleção paulista é campeã na Holanda; Stoichkov quer jogar na Itália em 95; Ponte Preta contrata técnico Jair Picerni Próximo Texto: FRASES Índice |
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