São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995
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FPF quer profissionalizar os seus árbitros de futebol

HUMBERTO SACCOMANDI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Paulista de Futebol (FPF) planeja profissionalizar os árbitros. A experiência começa já no Campeonato Paulista deste ano.
Pelo projeto, os juízes teriam de se dedicar só ao futebol. Não poderiam ter atividades paralelas.
Atualmente quase todos os árbitros têm outras profissões. O carioca Claudio Cerdeira, por exemplo, trabalha na Light. Há ainda militares, bancários, profissionais liberais, etc.
O objetivo é melhorar a qualidade das arbitragens no futebol paulista. No último Brasileiro houve muitas críticas contra os juízes.
O plano piloto prevê a profissionalização de dez árbitros paulistas para testar a idéia. A FPF deve ainda reduzir seu quadro de 450 árbitros, para facilitar o acompanhamento do trabalho dos juízes.
Segundo a FPF, ainda não foram definidos vários pontos do projeto, que está sendo discutido com a comissão de arbitragem.
Não se sabe quais serão os primeiros dez árbitros "cobaias". A proposta é estabelecer um ranking e profissionalizar os dez melhores.
Outro problema é a forma de pagamento. Poderia ser através de um percentual retirado das rendas, taxas fixas por partida ou ainda um salário mensal fixo.
O projeto prevê ainda a importação de árbitros para apitar jogos em São Paulo. Segundo Eduardo José Farah, presidente da FPF, o intercâmbio é importante para aperfeiçoar os juízes brasileiros.
A FPF realiza, de 9 a 16 de janeiro, um programa de reciclagem com os árbitros que devem atuar no Paulistão 95.
O torneio terá novidades nas regras, como o cartão azul (que determina a substituição de um jogador) e um intervalo de três minutos na metade dos dois tempos.

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