São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995 |
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Fabricante lança sistema 'inteligente' Componentes melhoram segurança JOSÉ CARLOS CHAVES
A mais sofisticada delas é um sistema de suspensão ativa computadorizado. Sete sensores instalados no carro detectam as oscilações da carroceria e as irregularidades do solo (a partir da movimentação das rodas). Uma central eletrônica usa essas informações para ajustar a pressão dos amortecedores (especiais) de modo a obter maior equilíbrio entre conforto e segurança. Em baixa velocidade ou em pisos acidentados, por exemplo, a suspensão fica mais macia. Em alta velocidade, os amortecedores se enrijecem, deixando o carro mais estável. Técnicos da TRW disseram que, como o sistema é caro e exige um trabalho mais complexo de adaptação ao projeto original de suspensão, é a proposta que despertou menor interesse das montadoras. Entre os componentes eletrônicos com mais chances de chegar ao mercado brasileiro estão o Speed-Pro e o Sistema Anti-Roll. O primeiro é um tipo de direção hidráulica progressiva mais eficiente. Com o aumento da velocidade, cresce o esforço de esterçamento do volante com maior precisão do que os sistemas progressivos tradicionais, resultando maior segurança nas manobras em alta velocidade. O Anti-Roll é um controle de inclinação lateral do carro. Dois componentes instalados nas barras estabilizadoras (dianteira e traseira) "forçam" a carroceria contra o sentido da curva, ajudando a nivelar a suspensão (e melhorando a estabilidade). Segundo técnicos da empresa, o Anti-Roll deve ter custo de cerca de US$ 240 para a montadora. Gol 16V e Santana No meio de tanta proposta uma já virou realidade. No segundo semestre deste ano, segundo a TRW, a Autolatina começa a equipar a linha Santana e o futuro Gol GTI 16 válvulas com o sistema de correia única com tensionamento automático. Com ela, alternador, compressor do ar-condicionado e bomba da direção hidráulica são acionados por apenas uma correia auto-ajustável. Elimina-se assim a necessidade de o motorista carregar três correias de reserva. Segundo Américo Kashiwakura, engenheiro de testes da empresa, também ganha-se em durabilidade (100.000 km contra 40.000 km das correias comuns), em tempo de troca (cinco minutos em lugar de 40 minutos) e em comodidade, pois não necessita ser ajustada periodicamente. A TRW também apresentou dois novos sistemas de direção. O primeiro é uma direção elétrica. Um motor elétrico substitui a bomba hidráulica (que normalmente é acionada pelo motor do carro). O equipamento reduz o consumo –já que não "rouba" energia do motor– e o peso total do conjunto. O outro é uma direção eletro-hidráulica. Mantém-se a bomba hidráulica, mas ela passa a ser acionada por um motor elétrico e não pelo motor do carro, resultando em economia de combustível. Com exceção do sistema de correia única, todos os equipamentos apresentados foram desenvolvidos pela matriz norte-americana da TRW. Texto Anterior: Gás deve ser "ecológico" Próximo Texto: Autopeça importada custa menos no 'paralelo' Índice |
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