São Paulo, quarta-feira, 4 de janeiro de 1995
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Torcida organizada fica com estádio e sem time

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A Torcida Organizada do Matsubara pode se transformar na única do Brasil com estádio, mas sem time para torcer.
Com a saída do Matsubara de Cambará, a cidade fica sem condições de usar o Estádio Regional, ampliado este ano para 15 mil lugares e de propriedade da TOM.
Segundo Vicente de Camargo, 72, criador da torcida, a TOM decidiu ampliar a capacidade do estádio porque não suportava mais ver o Matsubara perder mandos de jogos nas finais do campeonato por não ter estádio dentro das exigências da Federação Paranaense.
Valdir de Camargo, 40, atual presidente da TOM, lamenta a saída, mas não compartilha do clima de "guerra" criado pelos torcedores, cujas opiniões estão divididas sobre a transferência do clube.
Para José Orivaldo Malandrin, 38, a mudança "foi um desrespeito para quem apoiava o time".
Já Clóvis Bernadelli, 57, considera a saída "natural". "O pessoal da geral não pagava ingresso e o grupo Matsubara aguentava as despesas do clube."
Todos, porém, estão confiantes na promessa de Sueo Matsubara (patriarca do grupo) de que Cambará não ficará sem futebol.
Matsubara prometeu a Vicente de Camargo ceder jogadores e custear as despesas de um time profissional na cidade.
Com base na promessa, Camargo já prepara o ressurgimento da Associação Atlética Cambaraense, que nos anos 50 chegou a ser vice-campeã estadual.
Além disso, o grupo Matsubara vai manter na cidade as categorias inferiores (do infanto-juvenil aos juniores), que frequentam a vila olímpica do Matsubara.
(JM)

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