São Paulo, quarta-feira, 4 de janeiro de 1995 |
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Matsubara muda de cidade para crescer
JOSÉ MASCHIO
À procura de títulos, o Matsubara vai se transferir de Cambará (532 km ao norte de Curitiba) para Londrina (380 km a noroeste da capital). Fundado em 1974 pelo grupo Matsubara, o clube deixa Cambará na esperança de ser campeão paranaense nos próximos dois anos. A meta do grupo é, a médio prazo, participar do Campeonato Brasileiro da primeira divisão, ao lado dos grandes times do país. Até agora, o Matsubara se notabilizou apenas por revelar jovens valores, logo contratados por outras equipes (leia texto ao lado). Norio Matsubara, 26, presidente do clube, divide seu tempo entre contatos para participar, como piloto, da Fórmula Indy Light (uma espécie de segunda divisão da Indy), nos Estados Unidos, e a formação de um supertime para o Campeonato Paranaense do próximo ano. Segundo Norio, o clube vai aumentar seu investimento mensal de US$ 80 mil para US$ 200 mil na manutenção do time. Ele pretende, ainda, realizar contratações "que irão modificar a história do futebol do Paraná". O projeto de Matsubara é contratar de cinco a sete profissionais de projeção nacional. Entre os nomes cotados, estão os do zagueiro Ricardo Rocha (Vasco), dos meias Neto (Santos) e Casagrande (Corinthians) e do goleiro Gilmar (Flamengo). O objetivo é conquistar em Londrina uma fatia dos torcedores do Londrina Esporte Clube, principal clube da cidade. Segundo ele, após a mudança para Londrina (uma cidade maior e de infra-estrutura superior à de Cambará), será mais fácil convencer jogadores a se transferirem para o Matsubara. A troca de cidade dividiu opiniões entre os torcedores do clube. Os integrantes da TOM (Torcida Organizada do Matsubara), por exemplo, não esconderam sua indignação. Eles não aceitam que o clube mantenha apenas as divisões inferiores em Cambará. Texto Anterior: Ano novo, regras novas Próximo Texto: Torcida organizada fica com estádio e sem time Índice |
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