São Paulo, quinta-feira, 5 de janeiro de 1995
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Arida é contra valorizar dólar

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde setembro do ano passado, o Banco Central opera um regime de banda cambial em que a cotação do dólar varia de um piso de R$ 0,82 a um teto de R$ 0,86.
Sempre que a cotação chega a R$ 0,82, o BC entra comprando dólares e faz subir a cotação. Inversamente, quando a taxa vai a R$ 0,86, o BC vende moeda americana e segura a alta.
Exportadores e industriais vinham reclamando a valorização do dólar, isto é, a elevação do piso e do teto da banda.
Esse debate esquentou quando esses setores econômicos elegeram como seu representante o ministro do Planejamento, José Serra, que fazia crítica à política cambial antes de assumir o cargo.
Ocorre que o dólar barato facilita importações e encarece as exportações, dificultando a vida da indústria local. Mas, de outro lado, é um poderoso freio à alta de preços internos.
É a âncora cambial sustentada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, e pelo presidente indicado do Banco Central, Pérsio Arida.
Todos concordam que o equilíbrio das contas do setor público é a condição de uma estabilidade duradoura. O debate, portanto, é o que fazer com o dólar enquanto se espera o ajuste do setor público.
(CAS)

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