São Paulo, sexta-feira, 6 de janeiro de 1995 |
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Exportação de calçados deve cair 30% este ano
FILOMENA SAYÃO
As vendas de calçados para outros países ocupa o primeiro lugar entre os produtos manufaturados da pauta de exportações do país. Essa estimativa foi divulgada ontem em entrevista para anunciar a feira Couromoda/Feninver, que vai reunir 705 produtores de calçados, confecções e acessórios de 10 a 13 próximos no Parque Anhembi (zona norte) de São Paulo. Espera-se negócios de R$ 1,3 bilhão durante o evento. Para Ivânio Batista, diretor-executivo da Abicalçados, associação da indústria de calçados, o mercado interno pode até absorver, em volume, a queda na exportação. Mas não em faturamento. Além de os calçados vendidos em outros países serem de alto valor agregado, para vender no Brasil o fabricante que exportava terá que passar a fazer sapatos mais baratos. Mais: o produto vendido aqui sofre uma pesada carga tributária –o que não ocorre com o produto para exportação. A Samello, disse Wanderlei Mello, presidente do grupo, acredita que o primeiro semestre de 95 ainda será difícil para o setor por causa de pressões inflacionárias vindas de aumentos de salários, juros e defasagem cambial. Durante o ano, o mercado interno deverá se equilibrar, afirmou. Anderson Birman, sócio da Arezzo, vendeu 1,5 milhão de pares em 94 e espera crescer 15% em 95. A indústria calçadista espera crescimento de 15% em 95 sobre 94 na venda interna, disse Batista. Texto Anterior: Mercosul faz empresa criar novos vôos Próximo Texto: 'Popular' tem 59% do mercado de automóveis em dezembro Índice |
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