São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995
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Fleury volta a contestar dados

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela segunda vez desde que deixou o governo, Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) contestou números divulgados pelo atual governador, Mário Covas, sobre a crise nas finanças públicas de São Paulo.
"O Covas fica inventando essas dívidas. Tudo isso é desculpa para justificar o atraso no pagamento do funcionalismo", afirmou Fleury, segundo sua assessoria de imprensa.
Anteontem, Fleury havia dito que o tesouro paulista tem dinheiro para o funcionalismo. Para ele, Covas só não paga os servidores "se não quiser".
O ex-governador também criticou a decisão de Covas de extinguir o Baneser. Segundo ele, isso criará um "problema sério" na segurança das escolas públicas paulistas.
Os seguranças de escolas são, em sua maioria, funcionários do Baneser. Durante a campanha, o tucano afirmava que esses trabalhadores não seriam atingidos.
"Se o Covas quiser demitir todo mundo do Baneser é uma opção dele", declarou Fleury. "Mas isso pode paralisar áreas da administração", afirmou.
Ele também se queixou de outras decisões de Covas –o fim das escolas-padrão e a suspensão do projeto de despoluição do rio Tietê.
"Não entendo essa preocupação do Covas em desmontar projetos do meu governo que foram consagrados pela opinião pública", afirmou o ex-governador.

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