São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995 |
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Dallari chama indústria para explicar aumentos
LUIZ ANTONIO CINTRA
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, vai presidir o encontro com as três indústrias. Dallari diz que os aumentos que têm sido verificados no varejo "estão ocorrendo apenas em determinados setores e não há o menor risco de se generalizar por toda a economia". A Gessy Lever e a Nestlé aumentaram seus produtos entre 5% a 15% em janeiro. A RMB está retirando os descontos. Segundo Dallari, o governo pode voltar a reduzir alíquotas de importação para aumentar a oferta de importados e forçar as indústrias a baixarem seus preços. "A única explicação que pode haver seria o fato de algumas empresas estarem praticando aumentos gregorianos", diz Dallari. O aumento gregoriano é aquele explicado unicamente pela mudança de ano, sem qualquer justificativa econômica. Além de reduzir as alíquotas de importação, o governo pretende verificar se essas indústrias não estariam praticando abuso de poder econômico, prática considerada ilegal. No próximo dia 12, o governo já tem agendada uma reunião com representantes do setor de supermercados para fazer um rastreamento nas indústrias que estão apresentando tabelas de preços com reajustes. A orientação que o secretário da Fazenda desde já tem dado aos supermercadistas é de não comprarem os produtos que apresentem aumentos. Segundo Dallari, o governo acredita que a inflação de janeiro deve ficar abaixo da taxa de dezembro. "Alguns preços internacionais que estavam subindo, como químicos e petroquímicos, já voltaram a cair", afirma. Texto Anterior: Inflação no Rio sobe 0,93% em dezembro Próximo Texto: Wal-Mart começa procura por agência de publicidade no Brasil Índice |
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