São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995
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Técnico diz que temeu preconceito

Ademar Júnior, técnico da seleção, observa as jogadoras

RODRIGO BERTOLOTTO
DO ENVIADO ESPECIAL A UBERLÂNDIA

Ficar rotulado de técnico de mulheres preocupou Ademar Júnior quando ele assumiu a equipe feminina do Saad, de São Paulo.
"Só me convenci do que estava fazendo quando comecei a considerar aquilo como um trabalho a desenvolver e que começava do zero", diz o atual técnico da seleção feminina do Brasil.
A vantagem do futebol feminino, segundo o técnico, é o espetáculo. "O preparo físico dos homens reduziu o tempo e o espaço para os jogadores. Entre as mulheres, as equipes dão e têm espaço para criar. É mais plástico."
Ademar, 31, foi jogador em equipes do interior paulista. Começou como técnico em Tocantins, com o Araguainense. Depois, passou ao Saad, dirigindo a equipe masculina, hoje extinta.
Chamado pela Confederação Brasileira de Futebol em 94, iniciou os treinos em novembro.
Sobre a diferença entre dirigir homens e mulheres, ele afirma que as jogadoras têm menos noção tática que os homens.
"Não que as 11 corram todas atrás da mesma bola, mas elas estão acostumadas com uma certa liberdade de funções em campo e tento aproveitar isso."
Para ele, a principal dificuldade do futebol feminino é a falta de campeonatos estaduais.
(RB)

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