São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995
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Homenagens marcam 60 anos de Elvis

LUIZ ANTÔNIO RYFF

Exposição de objetos pessoais no Maksoud Plaza, álbum-tributo e biografia lembram nascimento do cantor

Há 60 anos, em Tupelo, uma pequena cidade do Mississippi (EUA), nascia Elvis Presley. Hoje, 17 anos depois de sua morte, ele continua sendo o maior vendedor de discos da história: mais de 1 bilhão de cópias em todo o mundo.
Para comemorar o aniversário de nascimento –dia 8 de janeiro de 1935–, dez discos do rei do rock estão sendo lançados por aqui –três deles são inéditos. Um álbum-tributo reunindo nomes como Wet Wet Wet, Chris Isaak e Carl Perkins também está saindo.
Uma exposição será aberta hoje no salão Solimões do Hotel Maksoud Plaza (al. Campinas, 150, tel. 011/253-4411) com objetos que pertenceram ao cantor e muita "memorabilia". A exposição fica no Maksoud até 15 de janeiro.
A mostra terá cinco vitrines, com fotos do cantor e algumas raridades que pertenceram a Elvis. Entre elas, um casaco de couro marrom e uma calça de pijama.
A exposição é cheia de curiosidades para os fãs, como bolas de bilhar da casa de Elvis, abotoaduras do cantor, copos de cristal usados na recepção de casamento dele com Priscilla Presley, em 1967.
A mostra traz dois livros do poeta libanês Khalil Gibran, "Procissão" e "Espelhos D'Alma", da biblioteca particular do cantor.
Há material promocional de turnês e discos originais de Elvis na Sun Records –a primeira gravadora dele.
Entre os passes para shows, há um para o concerto de Portland (EUA) em 17 de agosto de 77 –dia seguinte à morte de Elvis.
A mostra no Maksoud é organizada pela São Paulo Elvis Presley Society (SPEPS).
Marcelo E.L. Costa, 32, presidente da sociedade, rejeita o rótulo de fã-clube. "Nosso trabalho é sério. Não usamos essa terminologia. O único que segue o nosso padrão é o Revolution, dos Beatles. Mas isso é histórico. Os Beatles imitavam o Elvis e eles imitam a gente", diz Costa.
O sonho do presidente da SPEPS é fazer uma exposição maior ainda esse ano. Ele quer trazer para o Brasil o museu itinerante de Jimmy Velvet, o maior colecionador particular de Elvis, ou parte da coleção de Graceland –a mansão onde Elvis morou, em Memphis (EUA), e que foi transformada em museu. "As coisas de primeira linha estão lá. Só saem em exposições especiais", diz.
Nos EUA, além de show-homenagem e disco-tributo, mais uma biografia do cantor foi lançada. Só que "Last Train to Memphis" (de Peter Guralnick, 560 páginas, ed. Little, Brown & Company, U$ 24,95) ganhou a primeira página da prestigiosa "The New York Times Book Review" e virou best seller.
Afinal, a popularidade do rei do rock continua alta. No filme "Um Amor à Queima-Roupa", o protagonista Christian Slater –ídolo das adolescentes– é aconselhado por um espectro de Elvis.
Recentemente, o correio norte-americano fez uma eleição para decidir que estampa de Elvis usar em um selo comemorativo –uma imagem dos anos 50 ou dos anos 70. Cem milhões de pessoas votaram. Ou seja: mais gente votou no selo do que na última eleição presidencial americana.

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