São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995 |
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Esses celulares... A tensão do fim do segundo turno levou à exasperação até o sempre calmo governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB). A disputa voto a voto com Hélio Costa (PP) levou o tucano a achar que qualquer falha ou atraso na campanha poderia levá-lo à derrota. Certa tarde, o candidato se reuniu com a equipe no estúdio para gravar um dos programas de TV. Mal as câmeras começaram a filmagem, tocou o celular de um dos assessores. O candidato franziu a testa. A gravação foi interrompida, e o telefone rapidamente desligado. Azeredo voltou a gravar, e soou o celular de outro assessor. – Pára tudo, pára tudo! – gritou Azeredo, agitado. Ordenou que todos os assessores depositassem seus telefones, desligados, sobre uma mesa, antes de recomeçar a gravação. No finalzinho da fala, um telefone disparou dentro do estúdio. – Quem não entregou o celular? –berrou Azeredo, com um murro na mesa. A tensão que se seguiu acabou em gargalhadas: o sinal eletrônico continuava a soar, implacável, dentro do bolso do candidato. Texto Anterior: Quase tudo; Era uma vez; Espólio; Preconceito patente; Sentença dada; Lição de vida; Homem forte; Contas a pagar; Cobra no volante Próximo Texto: Senado adia votação e FHC enfrenta primeiras crises Índice |
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