São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995
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Renda fixa atrai dólares

DA AGÊNCIA "DINHEIRO VIVO"

Apesar da crise do México ter elevado o risco de crédito da América Latina, os bancos não mexeram uma vírgula nos seus planos de captação externa.
Grandes emissões de eurobônus estão previstas para as próximas semanas, o que deve elevar a oferta de crédito em dólar.
Na avaliação do mercado, os excepcionais ganhos obtidos com o mercado de ações nesta região dificilmente vão se repetir em 95, o que deve estimular a procura por aplicações de renda fixa.
Os lançamentos de papéis brasileiros sempre têm a garantia de um ou mais bancos estrangeiros, o que diminuiria a resistência externa.
A demanda pelo dinheiro em dólar voltou a subir esta semana depois que o mercado se convenceu de que a política cambial não deve mudar com o novo governo. A tendência que vigorou até o final de dezembro nas mesas de câmbio era a contrária: maior oferta de recursos.
O efeito imediato da crise mexicana será a alta dos juros. O prêmio deve subir por causa do risco maior. E os papéis brasileiros terão de competir com as taxas externas, com tendência de alta.
É quase impossível que o custo externo fique maior que o da captação interna. Mesmo assim, se o dólar chegar à paridade com o real no fim de 95, a correção seria de 18,62%, abaixo da previsão de inflação, de 25%.

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