São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995 |
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Mercosul abre novas frentes de trabalho
JOSÉ VICENTE BERNARDO
Os setores bancário, de autopeças e de construção civil são os que mais se mobilizaram em busca de parcerias e associações. Esses "casamentos" abrem duas frentes diretas de trabalho: uma para quem pretende trabalhar em terras argentinas, uruguaias ou paraguaias e outra para quem prefere esperar que empresas desses países se instalem no Brasil. No primeiro caso, a "exportação" de mão-de-obra deve ocorrer inicialmente em cargos gerenciais e técnicos especializados. Para os especialistas e diretores de empresas ouvidos pela reportagem, os executivos e gerentes brasileiros estão mais preparados para enfrentar um mercado cada vez mais globalizado e competitivo. Profissionais de marketing, engenheiros de produção e administradores financeiros também serão beneficiados com a integração. Segundo o diretor Alvaro Corrêa de Oliveira, 53, a Brahma mandou dez pessoas, entre diretores e gerentes, para a unidade de Buenos Aires, inaugurada em novembro de 94. Cerca de outras 400 empresas seguiram o exemplo da cervejaria. A construtora Encol está concluindo sua primeira obra em um bairro nobre de Buenos Aires. "Eles estão parados há 20 anos. Aqui, com quatro anos de formado, um engenheiro já construiu um prédio", diz Elmo de Castro, 55, diretor-superintendente da Encol. A empreiteira CBPO tem 1.100 funcionários em países do Mercosul –50 são brasileiros. "Nossa estratégia é buscar parceiros que tenham condições de se implantar no Brasil", diz César Castro, 50, diretor de relações institucionais. Isso significa que, a médio prazo, mais empresas argentinas estarão abrindo vagas em terras brasileiras. O aumento nas exportações –consequência natural da redução de tarifas alfandegárias entre os quatro países– também criará empregos no comércio e na indústria (leia texto abaixo, à esq.). Próximo Texto: Legislação não está definida Índice |
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