São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995
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Aceleradores são obsessão

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Entre as disciplinas científicas, a que mais se afastou do senso comum dos leigos provavelmente é a física de partículas.
Era relativamente fácil aprender na escola que elétrons "giram" em torno de núcleos com prótons e nêutrons, e que se despertada, essa energia "nuclear" leva a algo chamado bomba atômica. Como explicar então que os físicos de partículas agora procuram um certo bóson de Higgs?
Quando uma pessoa leva um choque elétrico, ela tem uma demonstração dramática do que sejam partículas em movimento. Já o bóson de Higgs é uma partícula que existe por enquanto apenas na imaginação dos físicos, que a criaram para explicar dilemas teóricos envolvendo teorias sobre forças (ou interações) como a eletromagnética e a nuclear fraca.
Para achar suas partículas faltantes os físicos experimentais sonham com cada vez maiores (e mais caros) aceleradores de partículas. O cancelamento do maior deles, o SSC americano, mostra que mesmo os governos de países do Primeiro Mundo puseram limites às obsessões dos físicos.
Boa parte do trabalho em física é teórico, porém, como a típica busca de santo graal que são as teorias que procuram unificar as quatro interações da natureza (nucleares forte e fraca, gravitacional e eletromagnética).
(RBN)

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