São Paulo, quarta-feira, 11 de janeiro de 1995
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Marinha salva 10 pescadores em busca a náufragos argentinos no RS

ESTANISLAU MARIA

ESTANISLAU MARIA; CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA *

A Marinha brasileira salvou dez pescadores ontem, no litoral gaúcho, durante a busca a dois argentinos desaparecidos desde o naufrágio de um veleiro, na madrugada de domingo.
O barco dos pescadores afundou às 3h45 de ontem, a cerca de 65 km da costa, ao largo da cidade de Torres (RS).
Segundo o tenente Darcy Fernando Brum, a central de rádio da Marinha recebeu o pedido de socorro dos pescadores durante a madrugada. Como estava próxima do local, a corveta Imperial Marinheiro foi deslocada para o salvamento.
O barco pesqueiro Douglas Gregório sofreu uma pane e começou a afundar. A corveta chegou a tempo e fez o resgate dos dez tripulantes. Não houve feridos.
Segundo informou a Marinha, as causas do naufrágio ainda são desconhecidas e não foi possível rebocar o pesqueiro, que afundou no local.
O barco da Marinha se dirige para Itajaí (SC), onde deixa os pescadores para prosseguir as buscas dos argentinos.
Os dois argentinos –Mario Tierri, 45, e Eduardo Viviarrino, 56– continuavam desaparecidos até o final da tarde de ontem. Duas embarcações da Marinha e outros barcos tentam localizá-los.
Salvaram-se do naufrágio do veleiro argentino outros dois tripulantes –Franco Heirisdorf, 56, e Bernardo Neukisher, 55. Eles ficaram quase 20 horas à deriva com salva-vidas e foram resgatados por um barco pesqueiro.
Heirisdorf está internado no hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, e passa bem. Ele disse não saber se os seus companheiros, que estão desaparecidos, ficaram no barco ou no mar, com salva-vidas.
Segundo Heirisdorf, o veleiro, de nome Ahao, navegava sem problemas, quando, de repente, o mastro e o casco racharam, a cerca de 30 km da costa, na altura da praia do Quintão.
O argentino disse que o veleiro ficou cerca de 15 minutos adernado (inclinado sobre um dos bordos) e depois afundou.
A Polícia Militar, que tem um helicóptero e um planador nas buscas, disse que Heirisdorf não informou de onde vinha e para onde ia o veleiro.

*Colaborou CARLOS ALBERTO DE SOUZA, da Agência Folha, em Porto Alegre

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