São Paulo, quarta-feira, 11 de janeiro de 1995 |
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Matei a TV e fui catar piolho em grama!
JOSÉ SIMÃO
Aliás, diz que o governo resolveu descriminar as drogas depois do banquete do Itamaraty. Rarará. Aliás, se bicha fosse bala e maconha fosse fuzil a gente já teria feito a revolução no Brasil. É mole? É mole mas sobe! Tá no ar mais uma calúnia do Macaco Simão! Aí eu perguntei prum adolescente de 18 anos o que ele achava da descriminação da maconha. "Maravilhoso! Melhor idéia impossível". Rarará! E lá em San Francisco, vulgo Meca Gay ou Jacirolândia, eu li em reportagem de primeira página sobre uma associação não-oficial localizada numa casa em que o dono distribui maconha para doentes terminais de câncer. Como terapia, alivia a ansiedade e diminui as dores. Aí a foto mostrava uma velhinha maravilhosa que todo dia saía de casa, tomava dois ônibus, chegava lá, queimava um charo e passava o dia tricotando e conversando. Na ida pegava dois ônibus. E na volta acho que tomava uns cinco. De tão louca! Rarará! Diz que maconha nem é droga. Droga é alcool. Aliás, disseram pro cômico americano Robert Blenchey que bebendo daquele jeito ele tava se suicidando pouco a pouco. "E quem tá com pressa?", respondeu ele. Rarará. E tinha aquele tão pinguço que chegou gritando: "Roubaram a rolha do meu almoço". E a Vera Fischer já tá aparecendo tão pouco em "Chata Minha" que uma amiga chegou a perguntar: "O que ela quebrou dessa vez, os dentes?". Rarará! E a frase do Fleury: "Intervieram no Banespa no último dia útil do meu governo". E teve dia útil no governo dele? Rarará. Devia ter dito: "Intervieram no Banespa no último dia inútil do meu governo". Rarará! Nóis sofre mas nóis goza. Quem fica parado é poste! Texto Anterior: Deus mostra que as coisas mudam Próximo Texto: A noite é de Bette Davis Índice |
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