São Paulo, quarta-feira, 11 de janeiro de 1995 |
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Nova união pode tirar o príncipe da sucessão
ROGÉRIO SIMÕES
O quadro seria o mesmo da crise de 1936, quando o rei Edward 8º renunciou ao trono para se casar com Wallis Simpson, recém-divorcidada na época. O casamento de um rei com uma mulher divorciada era inconcebível há quase 60 anos. Hoje, apesar da mudança de costumes, o problema maior seria a possibilidade de Camilla assumir o lugar que deveria ser de Diana, dona de grande popularidade no país. Para o especialista Harold Brooks-Baker, o casamento não seria aceito pela opinião pública britânica. Ele acredita ainda que uma decisão equivocada de Charles sobre sua vida pessoal pode fortalecer a possibilidade da adoção da república no país. "Se ele der um passo errado, significará o fim das suas chances de subir ao trono e pode significar o fim da monarquia", disse. O professor da Universidade de Leicester Robert Borthwick, autor de um estudo sobre a monarquia britânica, disse que o futuro da família real depende de quanto tempo a rainha Elizabeth 2ª ainda ficará no trono. "A esperança é de que ela viva bastante", disse. Um segundo casamento de Charles também precisaria de uma mudança nas normas da Igreja da Inglaterra (anglicana), que proíbe o casamento de divorciados. No final do ano, uma reunião de bispos decidiu rever a norma, mas ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre o assunto. Se Charles renunciar ao trono, o próximo rei seria seu filho William, 12, cujo nome já foi defendido por constitucionalistas como o sucessor ideal da rainha Elizabeth 2ª. (RS) Texto Anterior: Camilla, amante de Charles, se divorcia Próximo Texto: França cria Conselho para representar Islã Índice |
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