São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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CNI aposta em crescimento de 4 a 5%

DA SUCURSAL DO RIO

O setor industrial brasileiro está apostando que em 95 a economia brasileira vai crescer de 4% a 5%, a inflação ficará abaixo de 1% ao mês e o emprego industrial crescerá puxado pelo aumento da atividade geral, embora ainda deva se reduzir o número de postos de trabalho por empresa.
Esta é a síntese do cenário preparado pelo Departamento Econômico da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e apresentado ontem por seu presidente em exercício, Arthur João Donato.
Neste cenário, a indústria cresce mais que a economia em geral (cerca de 7%) e o saldo comercial cairá levemente, gerando um pequeno déficit em conta corrente (balança comercial mais balança de serviços).
O cenário otimista da CNI prevê que o real vai continuar se valorizando moderadamente em relação ao dólar, acumulando no final deste ano uma valorização global de 25% desde julho de 94.
Essa manutenção da chamada âncora cambial seria complementada por um "sólido equilíbrio fiscal", decorrente de "reformas estruturais amplas" que seriam realizadas neste ano e por controle efetivo da disponibilidade de moeda.
Os técnicos da CNI alertam que o calcanhar de aquiles do cenário otimista pode ser o excesso de demanda (procura) por produtos.
Os técnicos da CNI prepararam também um cenário menos otimista, que consideram remoto.
Ele prevê inflação persistente na faixa de 2% ao ano, sustentada por um equilíbrio fiscal precário, baseado apenas no combate à sonegação, reformas limitadas, persistência da indexação e valorização cambial crescente. Neste cenário, o real chegaria ao final do ano valendo 40% mais que o dólar.

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