São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995 |
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Aumentam as críticas a Covas dentro do PSDB
AMÉRICO MARTINS
Assim como a bancada federal do PSDB, os deputados estaduais estão insatisfeitos com o governador Mário Covas (PSDB). Eles não foram consultados para indicar nomes para o secretariado e nem para as presidências das estatais. Com boa parte desses cargos já ocupados, as preocupações dos deputados estaduais passaram a ser as vagas no interior do Estado. Eles pretendem indicar nomes para os lugares não preenchidos em suas bases eleitorais, como as chefias regionais de algumas secretarias estaduais. A bancada estadual se reuniu anteontem com o chefe da Casa Civil do governo Mário Covas, Róbson Marinho, e apresentou suas reivindicações. Marinho informou que esses cargos regionais ainda não foram preenchidos. Segundo ele, o Palácio dos Bandeirantes pretende ouvir os deputados tucanos quando chegar a esta etapa. O secretário disse que o governo ainda está tentando montar o segundo escalão, com a nomeação dos últimos presidentes e diretores das estatais paulistas. Até agora, não houve nenhum sinal de que essas diretorias poderiam ser preenchidas por indicações dos deputados. As bancadas estadual e federal do PSDB também reclamam que Covas não tem antecipado as medidas a serem tomadas por sua administração. Os parlamentares gostariam, por exemplo, de discutir os critérios para as demissões de funcionários públicos. Alguns dizem ter propostas para fazer os cortes sem paralisar a estrutura do Estado. Vários deputados estaduais têm procurado os secretários de Covas. Além de dar início ao trabalho de fazer as indicações regionais, eles também procuram informações sobre as novas medidas de Covas. Ao contrário da bancada federal, os deputados estaduais ainda não ameaçaram tomar nenhuma atitude de represália contra o governo. Existe uma avaliação na bancada de que Covas ainda precisa de tempo para organizar a estrutura do Estado. Na segunda-feira, três deputados federais ameaçaram romper com o governo estadual caso suas reivindicações não fossem atendidas. Eles chegaram a levantar a hipótese de trocar de partido caso não fossem ouvidos por Covas. Os três –Celso Russomano (o mais votado no Estado), José de Abreu e Régis Fernandes de Oliveira– colocaram a Róbson Marinho essa sua disposição, mas ainda não receberam nenhuma resposta dos Bandeirantes. Texto Anterior: SP tem déficit de R$ 5,6 bi Próximo Texto: PMDB critica ações do governo Índice |
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