São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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Movimento no Playcenter diminui 70%

ANTONIO ROCHA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O movimento de visitantes do Playcenter ontem, um dia após o acidente com Renan Eduardo de Carvalho Pereira, caiu 70%. Até as 17h, visitaram o parque menos de 2.000 pessoas. O normal seria, segundo o Playcenter, de 7.000.
Alguns visitantes se diziam assustados. "Estou evitando os brinquedos que parecem mais perigosos", disse João Pessoa, ao entrar no Viking, com a filha Juliana, 9.
O diretor do Contru, Carlos Alberto Venturelli, disse que o Playcenter só reabre após os técnicos constatarem que não há riscos. O Playcenter terá que apresentar ainda um laudo comprovando que o local é seguro.
A prefeitura teve que cassar, segundo Venturelli, uma licença de funcionamento de março de 94. A cassação deve ser publicada no "Diário Oficial" de hoje.
O Contru pretende avaliar ao todo 21 brinquedos considerados de maior risco. Seis foram vistoriados ontem. Apenas o "Polvo" foi considerado inseguro e interditado.
O "Space Loop", de onde Renan caiu, não foi analisado. Está interditado, sob custódia da polícia técnica, que deve fazer a perícia.
Venturelli afirmou que "em uma aferição superficial", os técnicos descobriram que há uma folga de cerca de 10 cm entre a trava de segurança individual e a trava coletiva do brinquedo. "Se a pessoa abre a trava interna, sobra espaço para passar por baixo".
Ontem, o estado de Renan era estável, informou o Hospital Metropolitano. "Enquanto ele estiver na UTI, não posso dizer que não corre risco de vida", disse Guillermo Páramo, diretor-clínico.
Um amigo de Renan, que foi ao hospital, afirmou ter ouvido de um médico que o estado do garoto é grave.
(ARF)

Colaborou a FT.

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