São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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Bolsas latino-americanas reagem

FIDEO MIYA; CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia depois da "terça-feira" negra nos mercados financeiros latino-americanos, ontem as Bolsas de Valores subiram 7% no Brasil (Índice Bovespa), 2,19% no México e 4,8% na Argentina (Índice Merval).
O movimento para acalmar os mercados latino-americanos teve duas contribuições importantes: a declaração de apoio incondicional ao México feita ontem pelo presidente dos EUA, Bill Clinton, e a boa recepção dos banqueiros internacionais ao discurso do ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, em Nova York.
Em São Paulo, o Índice Bovespa chegou a descer até os 31.020 pontos, com queda de 5,14% durante a manhã de ontem, mas recuperou-se e fechou com a surpreendente alta de 7%. Ela foi atribuída a grandes fundos de pensão, que teriam comprado ações e títulos da dívida externa brasileira (IDU) no mercado internacional, cujas cotações também registraram recuperação.
As ações mais negociadas na Bolsa paulista registraram fortes altas: Telebrás PN subiu 8,2% e Eletrobrás PNB registrou valorização de 11,5%. Como o volume de negócios foi considerado fraco, correu o boato de que a BNDESpar, subsidiária do BNDES, estaria puxando as cotações para cima, cumprindo ordens do governo brasileiro.
Analistas ouvidos pela Folha, porém, afirmaram que esse é um boato recorrente no mercado e que as aquisições teriam sido feitas por grandes fundos de pensão. Do total de R$ 370,6 milhões, apenas R$ 238,7 milhões (64%) corresponderam a operações de compra e venda à vista de papéis. O restante foi movimentado pelos negócios a termo e de opções.

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Sobre as Bolsas às págs. 2-4 e 2-8

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