São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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Bill Clinton reafirma apoio ao México

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, reiterou seu apoio ao México e disse que está disposto a incrementar a ajuda financeira ao país.
Clinton pediu que os investidores retornem ao México, acrescentando que a crise financeira mexicana é de curto prazo e que a situação política do país é estável.
Ele conversou por telefone com o presidente mexicano, Ernesto Zedillo, a quem prometeu apoio permanente, "pois é de nosso interesse que a economia mexicana obtenha sucesso".
A Bolsa de Valores do México abriu em queda e chegou a registrar baixa de 5,46% durante o dia. Após o anúncio do apoio de Clinton, o mercado começou a reagir e fechou em alta de 2,19%, depois de dois dias de queda drástica.
Logo na abertura do mercado, o Banco do México (banco central) realizou o ajuste semanal dos juros dos Certificados do Tesouro (Cetes), que sinalizam as taxas de juros bancárias.
Os Cetes de 28 dias (taxa principal) subiram para 40%, o que representa sete pontos percentuais acima da taxa da semana passada e 24 pontos acima do patamar em que se encontrava antes de ser deflagrada a crise financeira, em 20 de dezembro.
As autoridades econômicas conseguiram colocar 92,6% de sua emissão, de aproximadamente US$ 137 milhões. A taxa dos Cetes de 90 dias foi fixada em 44,94%, cerca de 10 pontos percentuais acima do último aumento. Nessa emissão, do mesmo valor, o governo conseguiu vender 63% dos papéis.
O peso ficou praticamente estável ontem. Os negócios com dólar nas principais casas de câmbio foram realizados a 5,90 pesos, contra os 5,80 do dia anterior. Nos bancos, o dólar chegou a ser cotado a 6,00 pesos.
A Volkswagen informou que vai suspender sua produção durante uma semana –de 23 a 27 de janeiro. Houve boatos no mercado de que a italiana Fiat resolveu adiar indefinidamente sua entrada no México.
Argentina
O ministro da economia da Argentina, Domingo Cavallo, afirmou em entrevista ontem, em Nova York, que Brasil e Argentina não devem ser atingidos pela crise mexicana. "Nos dois países, a economia continua crescendo, e os preços continuam estáveis."
Ele foi a Nova York para se encontrar com investidores e confirmou que a Argentina não fará desvalorização do peso, como ocorreu no México.

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