São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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Banespa só garante apoio este ano para times de vôlei

DA REPORTAGEM LOCAL

O vôlei é a única modalidade esportiva que está com o apoio do Banespa garantido para 1995.
"Só o vôlei está garantido, é o esporte que mais deu retorno e terá sua estrutura mantida, da escolinha ao time principal", afirmou Luciano Ornelas, 48, assessor de imprensa do banco.
O Banespa sofreu intervenção do governo federal e obedece nova filosofia. O objetivo principal é reduzir custos. Altino da Cunha, indicado pelo Banco Central, é o novo presidente do banco.
A definição sobre patrocínios esportivos deve sair nos próximos dias, embora o Banespa tenha ainda cerca de 60 dias para a realização de um auditoria interna.
Enquanto o Banespa faz seu diagnóstico sobre os investimentos na área de marketing –avalia-se que este ano sejam de US$ 25 milhões, metade do valor do ano passado–, o departamento de vôlei está bloqueado. Não pode planejar porque não sabe quanto receberá.
"O vôlei é uma coisa pequena dentro das prioridades atuais do banco. Por isso, continuamos aguardando. Já estamos um pouco atrasados para a temporada", afirmou o ex-jogador José Montanaro Jr., gerente do departamento de vôlei do Banespa.
"O vôlei é do banco e não do clube (Banespa). Ele só usa as instalações do clube. É ligado diretamente ao banco", afirmou.
Ano passado, segundo Ornelas, dos US$ 50 milhões gastos pelo departamento de marketing, US$ 39 milhões foram com publicidade, US$ 9 milhões na área de esportes e o restante na área cultural.
A tendência do Banespa, após a auditoria que realiza nos investimentos no setor de esportes, é de continuar apoiando modalidades olímpicas.
O nadador Gustavo Borges, por exemplo, medalha de prata na Olimpíada de Barcelona-92 e nome de projeção para representar o Brasil em Atlanta-96, é um dos atletas que deverá continuar patrocinado pelo Banespa.
Duas competições de atletismo também figuram entre os eventos com grande chance de continuar recebendo apoio do banco.
São elas o Meeting Internacional de São Paulo (aproximadamente US$ 300 mil) e a Corrida Internacional de São Silvestre (cerca de US$ 500 mil).
Em contrapartida, a renovação de alguns contratos de patrocínio já estão descartados. É o caso do piloto de F-1 Christian Fittipaldi, que recebeu US$ 800 mil em 94, informou Luciano Ornelas.
A situação do piloto da Indy, Raul Boesel, é diferente. Ele está com seu contrato (de US$ 200 mil) em vigor e o banco cumprirá o acordo, assinado em dezembro.
Áreas como a do enduro equestre, jet ski e rodeios (co-patrocínio do Circuito Espora de Ouro e Festa do Peão de Barretos), que recebiam incentivo do Banespa, devem perder o apoio.

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