São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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Filipinas reforçam segurança para o papa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A polícia das Filipinas prendeu ontem duas pessoas suspeitas de quererem realizar um atentado contra o papa, que chega hoje ao país. Além das Filipinas, o papa visitará Papua-Nova Guiné, Austrália e Sri Lanka.
A polícia afirma que os dois haviam sido presos com "evidências que os incriminam".
A imprensa filipina disse ontem, citando fontes policiais, que Said Ahmed, um paquistanês de 26 anos, foi preso no fim-de-semana fabricando bombas ao lado de uma foto do papa.
Os jornais disseram ainda que vários iranianos e turcos teriam se dirigido às Filipinas para tentarem assassinar o papa.
As autoridades migratórias do país controlam as fronteiras há várias semanas para impedir a entrada de 109 pessoas consideradas indesejáveis.
Mais de 20 mil policiais filipinos farão a segurança do papa, com o apoio de organizações internacionais de luta contra o crime.
A polícia desativou ontem explosivos encontrados em um posto policial, a 500 metros do Palácio Presidencial de Manila, a capital.
As autoridades dizem manter especial atenção sobre o grupo radical islâmico Abu Saiiaf, que ameaçou decapitar sacerdotes católicos durante a visita do papa.
A polícia do Sri Lanka também está reforçando as medidas de segurança. Há o risco de choques entre budistas e católicos.
Ontem uma estátua de Buda foi incendiada no subúrbio de Colombo um dia depois de um incêndio numa igreja católica.
Os budistas querem boicotar a viagem do papa ao Sri Lanka por causa de seu livro "Cruzando o Limiar da Esperança", no qual acusa o budismo de ateísmo.
Antes de sair da Itália, o papa disse ter "profundo respeito" pelo budismo. Mas os budistas disseram que as declarações não são suficientes. Querem que o papa retire as opiniões sobre ateísmo.
O papa saiu ontem de Roma às 19h40 (16h40 de Brasília). Deve chegar hoje às 15h00 locais (5h00 de Brasília). O papa percorrerá 33.415 km em 11 dias.

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