São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995 |
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Índice Bovespa tem maior alta desde maio
RODNEY VERGILI
As Bolsas brasileiras acompanharam a valorização nos índices de preços das congêneres da Argentina (alta de 10,34%) e México (com elevação de 4,3%). Os analistas explicaram a alta por uma série de fatores. A eliminação do compulsório sobre os ACCs (Adiantamentos de Contratos de Câmbio) tende a estimular as exportações. A medida foi bem recebida pelos exportadores e pelas Bolsas. Os analistas entendem que a recuperação nas cotações nos últimos dois dias reflete a atuação de investidores "chapa branca". A interpretação de operadores –apesar de desmentidos oficiais– é de que os fundos estatais e mesmo o BNDES estejam atuando no mercado para evitar que as ações "virem pó", o que inviabilizaria programas de privatização. A Comissão de Valores Mobiliários também forneceu "boas notícias" para o mercado ao divulgar dados de dezembro dos investimentos externos em Bolsa. Segundo a CVM, a saída líquida (entrada menos retiradas) foi de apenas US$ 15,81 milhões em dezembro, contra uma estimativa preliminar de US$ 300 milhões da Bolsa paulista. Apesar da alta de 17,45% nos últimos dois pregões, o índice Bovespa ainda acumula uma baixa de 11,79% no mês. O mercado acionário ainda não definiu a tendência. Ontem, o índice Bovespa à vista fechou a 38.406 pontos. No mercado futuro da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o índice estava com cotação menor para o vencimento de fevereiro (38.100 pontos). No mercado cambial, as cotações caíram, por causa da eliminação do compulsório de 15% sobre as operações de ACCs. A medida facilita o financiamento das exportações, produzindo resultados favoráveis na balança comercial. Segundo dados do Banco Central até o último dia 11, o fechamento de câmbio de importação estava superando o de exportação este mês em US$ 29,592 milhões. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, ontem, em média, 0,110%. A taxa média do over foi de 4,49% ao mês, projetando rentabilidade de 3,37% no mês, segundo a Andima. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 4,62% ao mês, projetando rendimento de 3,47% no mês. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 2,9909%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 26% e 48% ao ano para 32 dias. CDBs pós-fixados de 120 dias: entre 14% e 18% ao ano mais a variação da Taxa Referencial. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,64% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 63% e 72% ao ano. No exterior Prime rate: 8,50% ao ano. Libor: 6,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 9,75%, fechando com 38.406 pontos e volume financeiro de R$ 282,67 milhões. Rio: valorização de 8,3% (I-Senn), fechando com 17.305 pontos e volume financeiro de R$ 19,44 milhões. Bolsas no exterior Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 19.548,47 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.340,40 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,843 (compra) e R$ 0,844 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,849 (compra) e R$ 0,851 (venda). "Black": R$ 0,850 (compra) e R$ 0,860 (venda). "Black" cabo: R$ 0,854 (compra) e R$ 0,858 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,830 (compra) e R$ 0,860 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,48%, fechando a R$ 10,40 o grama na BM&F. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5727. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5310 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 99,80 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 380,90. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para janeiro fechou em 3,42% e para fevereiro a 3,26% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 38.100 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para janeiro fechou a R$ 0,855. Texto Anterior: Inflação é de 1,28%, diz Fipe Próximo Texto: Estrangeiro repatriou apenas US$ 15,81 mi Índice |
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