São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995
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Banqueiros do México baixam margem de lucro

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Associação de Banqueiros do México decidiu reduzir as margens de lucro de 7 para 5,5 pontos percentuais para baixar as taxas de juros dos empréstimos, e propôs a renegociação das dívidas das empresas em dificuldades.
O anúncio foi feito por José Madariaga, presidente da associação, que recusou a proposta dos industriais de uma moratória de seis meses para o pagamento das dívidas vencidas.
O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, iniciou as negociações com o Congresso de seu país e com o Federal Reserve (banco central norte-americano), para conseguir ajuda financeira adicional para o México, que requer autorização do Congresso.
Segundo boatos do mercado, os Estados Unidos poderão aumentar a linha de crédito ao México para algo entre US$ 25 bilhões e US$ 40 bilhões. O governo não confirmou a cifra.
O peso mexicano manteve-se praticamente estável ontem. O dólar foi negociado por 6,00 pesos, contra os 5,90 do dia anterior.
Dados preliminares indicaram que a Bolsa de Valores fechou em alta de 4,33%, numa reação positiva às declarações de ajuda financeira do presidente Clinton.
As promessas de ajuda internacional e a estimativa de que o Banco do México (banco central) resolverá os problemas relacionados ao pagamento de suas dívidas, acalmaram o mercado financeiro. Cerca de US$ 10,3 bilhões em bônus do Tesouro vencem no primeiro trimestre deste ano.
O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, se reúne hoje com o presidente mexicano, Ernesto Zedillo, para analisar a crise econômica que vive o país.
Desde dezembro, quando se iniciou a crise financeira, já foram constatados aumentos na gasolina (10%) e gás propano (16%). Os produtos da cesta básica subiram entre 10% e 30% e o leite 15%. As tarifas de serviços telefônicos terão um aumento de 7% este ano.

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