São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995
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Congresso dos EUA frustra ajuda ao México

DE WASHINGTON E DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos EUA, Bill Clinton, e os líderes da oposição ao seu governo no Congresso não conseguiram chegar ontem a um acordo sobre a ampliação da ajuda econômica do país ao México.
Após três horas de reunião, a Casa Branca e o Congresso divulgaram comunicado curto e genérico em que afirmam: "os EUA farão o que for necessário para restabelecer a confiança no mercado mexicano, desde que isso não afete o déficit do governo norte-americano".
Antes do encontro, dava-se como certo que os EUA colocariam de US$ 25 bilhões a US$ 40 bilhões à disposição do México.
Clinton parecia comprometido com essa alternativa. Mas a oposição, que agora tem a maioria do Congresso, pediu ao presidente algum tempo para convencer seus colegas da necessidade da ajuda, que poderá vir na forma de garantia do governo a empréstimos particulares.
Os EUA já colocaram US$ 9 bilhões em empréstimos diretos ao México, metade do total mobilizado pela comunidade financeira internacional, desde o fim do ano passado, quando a crise do peso começou.
A Associação de Banqueiros do México decidiu reduzir as margens de lucro de 7 para 5,5 pontos percentuais para baixar as taxas de juros dos empréstimos, e propôs a renegociação das dívidas das empresas em dificuldades.
O anúncio foi feito por José Madariaga, presidente da associação, que recusou a proposta dos industriais de uma moratória de seis meses para o pagamento das dívidas vencidas.
O peso mexicano manteve-se praticamente estável ontem. O dólar foi negociado por 6,00 pesos, contra os 5,90 do dia anterior.
A Bolsa de Valores fechou em alta de 4,49%, numa reação positiva às declarações de ajuda financeira do presidente Bill Clinton, que acabou não se concretizando.

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