São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995
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Professores apontam falhas na prova de física

DA REPORTAGEM LOCAL

A prova de física da Fuvest, realizada anteontem, foi considerada difícil e trabalhosa por professores de cursinhos.
José Roberto Castilho Piqueira, 42, coordenador de física do Anglo Vestibulares, achou o exame de alto nível.
"Não foi trivial, mas foi adequada para fazer a seleção proposta. Os alunos que vão para a Poli (Escola Politécnica da USP) e para a Pinheiros (Faculdade de Medicina da USP) devem ser criteriosamente selecionados", disse.
Segundo ele, houve um problema na questão 7. "Tenho certeza de que foi um erro de gráfica, saiu 'R=8J/mol', quando o correto é 'R=8J/molK'. Isso pode ter prejudicado o aluno que percebeu".
Piqueira também achou a prova pouco abrangente. "Com dez questões divididas em itens, poderia abranger mais temas. Não foi pedida nenhuma questão de ótica", comentou.
"Há questões boas e criativas, como a décima, que cobrava conhecimento integrado dos candidatos, reunindo cinemática, eletrostática e magnetismo."
Os professores do CPV Vestibulares consideraram o exame de física difícil e de nível elevado.
"Os alunos que vão para a Poli devem ser bem selecionados, mas aqueles que estão prestando arquitetura não precisam de uma prova desse nível", afirmou Geraldo José Rodrigues, 37, professor de física do CPV.
Para eles, a prova foi muito trabalhosa e pouco abrangente. "Há quase duas horas eu e um outro professor estamos resolvendo a prova e ainda não terminamos. Imagine um candidato sozinho. Ele tinha apenas três horas", comentou ontem à noite o professor.
O número de itens também tornou a prova mais trabalhosa, segundo o coordenador de física do Objetivo, Eduardo Figueiredo, 52.
"Havia no mínimo dois e, no máximo, três itens por pergunta. Não houve nenhuma questão de graça", disse.

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