São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995
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Maratona de exames cansa vestibulandos

DA REPORTAGEM LOCAL

O cansaço já começa a bater nos vestibulandos –principalmente os que prestam os três vestibulares das estaduais de São Paulo e ainda outros por fora.
É o caso de Denis Matuguma, 19, candidato a uma vaga no curso de engenharia da Fuvest, da Unesp e da Unicamp. Ele espera descansar a partir de hoje.
Mas a folga dura pouco. Domingo, Matuguma já começa a disputa por uma vaga na Unicamp.
"Hoje (ontem) vai dar um alívio legal. Já até parei de estudar", diz o candidato, que foi reprovado no vestibular do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Ele está otimista. "Estou indo muito bem na Fuvest", afirma.
"Você fica estafado mesmo, mas procurei reservar energias dando um tempo no réveillon."
A candidata a direito na USP e na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e medicina na Unicamp, Patricia Leite de Miranda, é o perfeito exemplo de alguém que está desencanando.
Apesar de estar inscrita para a prova da Unicamp, ela viaja hoje para Ubatuba (Litoral Norte de São Paulo). "Já fui aprovada na PUC-SP. Por que prestar Unicamp? Não vou passar em medicina mesmo."
"Não é possível saber se passei na USP. Na área de humanas, tudo é muito relativo", diz Patricia.
Marcos Paulo Pimentel, 19, candidato a uma vaga na medicina da USP, está tranquilo. "Já passei na medicina da PUC. Fiz dois anos de cursinho, agora chega", afirma. Marcos achou a Fuvest difícil. "Em português não fui muito bem, química foi razoável. Só biologia foi fácil, mas todo mundo tem a mesma opinião."
No exame de física, Marcos esperava uma prova equilibrada. "Exatas é o meu forte, dá para ir melhor, mas pensar na Pinheiros (Faculdade de Medicina da USP) é muita pretensão", considera.

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