São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995 |
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Direção careta deixa 'Riquinho' ainda mais sem graça que o gibi
JOSÉ GERALDO COUTO
Produção: EUA, 1994 Direção: Donald Petrie Elenco: Macaulay Culkin, John Larroquette, Edward Herrmann Onde: Paulista, Eldorado, Belas Artes, Gazeta e circuito Se o chatinho Macaulay Culkin tem uma virtude que não se pode negar, é o "physique du rôle" para interpretar Riquinho –personagem que fez sucesso nos quadrinhos nos anos 60. O êxito de Riquinho nos quadrinhos era baseado quase exclusivamente no exagero: o fato de ser o menino mais rico do mundo permitia que se concebessem os maiores absurdos. Essa marca original se mantém no filme, assim como a "mensagem": apesar de todo dinheiro, ele só será feliz se tiver amigos. Só que, para encher um longa-metragem, o diretor Donald Petrie teve que acrescentar ao tema um enredo policial: um inescrupuloso executivo das empresas do pai de Riquinho tenta matar a família toda para herdar judicialmente o império. Quem ajuda o garoto a enfrentar o malvado (interpretado por John Larroquette) é uma turma de meninos pobres que Riquinho conheceu na rua, jogando beisebol, mais o mordomo e um cientista maluco. Nas mãos de um cineasta de humor subversivo como John Landis, essa situação poderia gerar uma comédia de arrasar. Mas Donald Petrie é tão careta que subaproveita até as boas piadas do roteiro, como os pais de Riquinho num bote salva-vidas em alto-mar, lamentando o caviar que acabou. (JGC) Texto Anterior: "OLEANNA"; "COMER BEBER VIVER"; "101 DÁLMATAS"; "RIQUINHO"; "NINGUÉM SEGURA ESTE BEBÊ" Próximo Texto: 'Dálmatas' mantém frescor desde 1961 Índice |
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