São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 1995
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Feira exibe equipamentos 'high-tech' de segurança

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

Máquinas capazes de encher uma sala com fumaça, binóculos com infravermelho, portas blindadas e sensores para evitar sequestros. Esses equipamentos de segurança começam a chegar ao Brasil.
A crescente violência urbana tem ampliado o mercado de equipamentos de segurança. No início de fevereiro, acontecerá no Rio uma mostra das novidades no setor –o 1º Encontro Técnico Operacional de Segurança.
A "Smokecloak" é uma dessas novidades. Criada na Inglaterra em 1993, é uma máquina que despeja uma espessa fumaça não-tóxica caso um ambiente seja invadido por estranhos.
O equipamento é acoplado a um sistema de alarme. Em 20 segundos, uma sala de 40 m2 fica totalmente enfumaçada.
O medo de arrombamento levou alguns cariocas a gastar R$ 1.100,00 com portas blindadas. Pesando cerca de cem quilos, são revestidas de madeira, o que as deixa com aparência normal.
Por dentro, no entanto, existem duas chapas de aço e um gradeado. Ao girar a chave na fechadura, são acionados 20 pontos de tranca –dez no lado direito, seis no lado esquerdo e quatro no alto da porta.
"Nem com maçarico alguém derruba uma porta dessas", diz Roberto Guedes de Souza, 30, que trouxe a tecnologia das portas blindadas de Israel para o Brasil.
Na exposição –que acontecerá entre os dias 2 e 4 de fevereiro no Riocentro (Jacarepaguá, zona oeste do Rio)– estarão expostos capacetes e visores equipados com laser de infravermelho, que permitem que se enxergue no escuro.
O equipamento é igual ao que aparece no filme "Jogos Patrióticos", com Harrison Ford.
Para os empresários que preferem não andar com segurança ostensiva, há em funcionamento no Rio o Telemergência. Cada associado do sistema recebe um aparelho de comunicação viva-voz, acionável por controle remoto e sintonizado com uma central que funciona 24 horas por dia.
Caso um assaltante invada uma casa, por exemplo, o sistema pode ser acionado sem que o usuário dê qualquer informação –o chamado S.O.S Mudo. Depois de 20 segundos, o operador da central entra em contato com o batalhão da Polícia Militar mais próximo.

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