São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 1995 |
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Ginsberg foi pioneiro da renascença californiana
NELSON ASCHER
Foi um dos responsáveis, depois da grande geração modernista de Ezra Pound, T. S. Eliot e William Carlos Williams, pela tentativa de criar uma poesia menos rebuscada e intelectual, mais próxima das preocupações cotidianas, sem abrir mão da liberdade prosódica e temática conquistada pelos antecessores. Trinta ou 40 anos atrás, os "beats" passavam por supra-sumo da contemporaneidade, mas a maior parte do que fizeram não resistiu ao tempo, transformando-se antes num documento datado de certa sensibilidade. Ainda assim, judeu, homossexual e engajado, herdeiro também do primeiro clássico de seu país, Walt Whitman, Ginsberg conseguiu deixar sua marca na literatura e na vida literária, sobretudo ao tornar-se porta-voz das inquietudes da contracultura dos anos 60 e do espírito de protesto político que contribuiu para a ampliação da democracia norte-americana. Texto Anterior: Dias de 1941 e '44 Próximo Texto: Paula Becker a Clara Westhoff Índice |
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