São Paulo, segunda-feira, 16 de janeiro de 1995
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Dívida de jogo

Nos anos 60, um grupo de deputados mineiros do velho PSD costumava se reunir regularmente com um propósito que nada tinha a ver com política: jogar pôquer. Os participantes da jogatina eram os deputados José Maria Alkmin, Sebastião Paes Almeida, Carlos Murilo e Bias Fortes Filho.
A partida da semana havia sido programada para a casa de Sebastião Paes Almeida, conhecido como Tião Medonho.
Já de madrugada e depois de muitos blefes, Paes Almeida começou a ficar cansado. Dono do baralho, determinou que aquela seria a última rodada.
Terminada a partida, o anfitrião, que também acumulava a banca, começou a distribuir lucros e perdas. E avisou a Alkmin:
– Zé Maria, você deve Cr$ 17,00 para a mesa.
O deputado revirou os bolsos e mostrou-os vazios:
– Tião, me empreste Cr$ 20,00 que assim eu pago a mesa e ainda fico com algum no bolso.
Paes de Almeida foi categórico:
– Para você? Nunca! Como eu sei que você não vai pagar, prefiro que você fique me devendo Cr$ 17,00 do que Cr$ 20,00.

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