São Paulo, segunda-feira, 16 de janeiro de 1995 |
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Alunos e ambulantes criticam USP fechada
ROGERIO WASSERMANN
Todos os portões de acesso à USP foram fechados, à exceção do portão principal, na rua Alvarenga. Lá, guardas da segurança do campus armaram um bloqueio. Só passavam aqueles que portavam identificação. Muitos reclamaram da medida. "Estão querendo ressuscitar o Muro de Berlim. Este é um passo para a privatização da USP, que é a meta desta reitoria", afirma o estudante de história Luiz Boscato, 30. A jornalista Maristela do Vale, 23, ex-aluna da USP, disse que os seguranças estavam impedindo as pessoas que podiam entrar no campus de correr ou andar de bicicleta nas ruas da Cidade Universitária. "Uma conhecida minha teve que parar de correr. A segurança disse que ela só poderia correr no clube da universidade", disse Maristela. Os vendedores ambulantes tiveram um dia fraco ontem. "O movimento caiu 95%, mas continuamos aqui em sinal de protesto. Não temos alternativa", disse Luiz Carlos Reinoso, que possui uma barraquinha de pastel e caldo-de-cana em frente ao portão principal da USP. Abaixo-assinado Os comerciantes estão recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado de protesto contra a medida, que pretendem entregar ao governador Mário Covas. De acordo com Reinoso, até a manhã de ontem já tinham sido recolhidas mais de 600 assinaturas. Segundo o prefeito da Cidade Universitária, Antonio Rodrigues Martins, 54, os ambulantes não foram pegos de surpresa. "Eles sabem que a universidade pode cassar a autorização de funcionamento a qualquer momento, e eles têm que estar preparados para isso", declarou Martins. A reitoria da USP pretende proibir a entrada do público nos fins-de-semana por pelo menos seis meses, prazo estabelecido para o fim das obras que estão sendo feitas na universidade. Texto Anterior: 'Racha' mata sete e fere 13 em Jacareí Próximo Texto: 'Loop' parado frustra visitante Índice |
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