São Paulo, segunda-feira, 16 de janeiro de 1995 |
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Desenhista criou revista de vanguarda
GABRIEL BASTOS JUNIOR
Seus pais, Vladek e Anja Spiegelman, eram poloneses e foram sobreviventes de Auschwitz, o maior e mais famoso campo de concentração nazista na Polônia da Segunda Guerra. Sua mãe se suicidou em 1968 e seu pai morreu em 1982 abalado pela idade. Esta história, e como ela o afeta, é que ele conta em "Maus". Junto com sua mulher, Françoise Mouly, Spiegelman fundou em 1980 a revista "Raw", voltada principalmente para quadrinhos de vanguarda. A revista, além de ser aclamada internacionalmente, abriu uma porta para artistas que, na época, não tinham onde publicar. Hoje nomes como Charles Burnes, o italiano Lourenzo Mattotti e muitos outros trabalham para revistas de grande circulação nos EUA, como "Time", "New Yorker" e "Playboy". A revista, que não tinha uma periodicidade certa, deixou de ser publicada há três anos, mas Spiegelman diz que "nunca enfiei uma estaca em seu coração". Segundo ele, é simplesmente impossível reunir uma equipe como a de "Raw" atualmente, simplesmente porque outros espaços foram abertos e os artistas estão, "felizmente", ocupados. Ele e Françoise, inclusive, fazem parte da equipe de arte da "New Yorker" –ela como editora, ele como co-editor colaborador. Além disso, Art Spiegelman já fez ilustrações e quadrinhos para o "Village Voice", "The New York Times" e "Playboy", entre outros. Seus trabalhos já foram expostos em diversas galerias, inclusive no Museum of Modern Art, em Nova York. (GBJ) Texto Anterior: Obra-prima da HQ ganha versão completa no Brasil Próximo Texto: Novo projeto é para 70 anos da "New Yorker" Índice |
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