São Paulo, segunda-feira, 16 de janeiro de 1995
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Nova York comemora com eventos isolados

DANIELA ROCHA
DE NOVA YORK

Os norte-americanos não vão comemorar os cem anos do cinema. Um dos motivos, segundo alguns teóricos, é porque para os americanos, o precursor do cinema foi Thomas Alva Edison, em 1894, com sua invenção do kinetoscópio, e não os irmãos Lumière em 1895.
Segundo o professor do Departamento de Cinema da NYU e um dos organizadores da mostra "Black Cinema", Robert Stam, um dos motivos para não comemorar é financeiro. "Estão faltando verbas para um evento grande. No Departamento de Cinema da NYU, as pessoas não se entusiasmaram com uma mostra de grande porte e por isso fizemos uma com tema mais específico", disse.
Ele afirmou que é mais comum acontecerem eventos que comemoram o aniversário do cinema de forma indireta, em pequenas mostras.
A New York Public Library (Biblioteca Pública de Nova York) abriu em 31 de outubro passado a exposição "Screams on Screen: 100 Years of Horror Film" (Gritos em Cena: 100 anos de Filmes de Horror), com a exibição do filme "Dr. Jekyll and Mr. Hyde" (1920), de John Barrymore, e trailers e curtas-metragens de filmes de horror mudos, além de mostra de fotos e cartazes dos filmes.
A exposição ficará aberta até o dia 29 de abril, e contará com dois simpósios em fevereiro: no dia 6, "Horror Films of the Silent Era to the 1950's", e no dia 13, "Horror Films from the 1950's to Today".
Brasil
Segundo o diretor de programação do Departamento de Cinema do Public Theatre de Nova York, Fabiano Canova, organizador do evento, os seminários tratarão sobre Nelson Pereira dos Santos nos dias de hoje e Nelson como expressão da cultura brasileira.
"Lançaremos também um tablóide sobre toda a produção de Nelson Pereira dos Santos para ser distribuído na mostra", disse.
Canova também organiza para outubro deste ano uma mostra sobre melodrama mexicano, que deve acontecer no Public Theatre.

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