São Paulo, terça-feira, 17 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Dawn Penn traz fusão de reggae e pop

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

Show: Reggae Fest
Com: Dawn Penn e Jimmy Riley
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, tel. 011/252-6255)
Quando: hoje e amanhã, às 22h
Quanto: R$ 20 (pista), R$ 25 (setor C) e R$ 35 (camarote)

Com uma formação musical clássica, a cantora jamaicana Dawn Penn, que se apresenta hoje e amanhã no Olympia, começou sua carreira como mezzo-soprano do Coro Nacional da Jamaica.
Durante a adolescência cantou em coro de igrejas e participou de festivais. Aprendeu cedo a tocar piano e violino.
Hoje, 28 anos depois, ela lança o seu primeiro CD, "No, No, No". Neste meio tempo, Dawn compôs, segundo ela própria, cerca de 400 músicas e ficou conhecida nos EUA e Europa como cantora de pop e reggae.
Em entrevista à Folha por telefone, de sua casa em Kingston (Jamaica), Dawn disse que não se surpreende com o rumo que sua carreira acabou tomando. "Na Jamaica não é necessário entrar em contato com o reggae, ou descobri-lo, ele está no seu bairro, em você."
Dawn falou também de suas expectativas sobre as apresentações no Olympia. Ela se apresenta junto com o cantor Jimmy Riley dentro do festival "Reggae Fest".
O sucesso da música "You Don't Love Me", nos EUA e Europa em 1994, levou a cantora a lançar o álbum "No, No, No", pelo selo Warner. "O disco tem influências de 'world music' e soul", afirma.
A maioria das faixas é dançante e revela um pouco das influências do universo pop de onde Dawn tirou inspiração. "Gosto muito de Mariah Carey e da música negra dos anos 60."
Dawn incluiu no seu repertório a música "The First Cut is the Deepest", clássico de Cat Stevens. "Canto essa música em shows e sempre faz muito sucesso."
Sobre a fusão de diferentes ritmos com o reggae, Dawn pensa que é inevitável. "Não há mais nada de novo dentro da música pop. A sua tendência agora é misturar os ritmos para conseguir novas sonoridades."
O mundo rural da Jamaica e o amor são os grandes temas da cantora. "Sempre escrevi muito no campo". Já o amor, segundo ela, é um tema universal. "Por causa dele a mensagem de universalidade do reggae ainda vive."
Dawn fez também uma pequena incursão no teatro. "Foram coisas pequenas, alguns papéis no 'Little Theatre', em Kingston mesmo."
Para o show desta noite Dawn diz ter selecionado mais do que o repertório do disco. "Tenho muitas músicas e é sempre um problema montar um espetáculo."
A cantora preferiu apostar nas músicas mais dançantes. "Combina com o Brasil, não é? Com o ritmo de festa do país e com a alegria

Texto Anterior: Itália lembra Fellini nos cem anos de cinema
Próximo Texto: Hotel promete 'anonimato' aos Stones
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.