São Paulo, quarta-feira, 18 de janeiro de 1995 |
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Petista defende salário maior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O deputado João Paulo (PT-MG), 62, considerou baixo o salário de R$ 8 mil proposto pela Câmara para os deputados e senadores.Sem conhecer todo o conteúdo do decreto da Mesa, elaborou um novo projeto (substitutivo) aumentando o salário para R$ 10 mil. João Paulo não se candidatou e, portanto, fica sem mandato a partir do dia 1º de fevereiro, quando entra em vigor o novo salário dos parlamentares. João Paulo foi presidente do sindicato dos metalúrgicos de Monlevade (MG). Folha - Por que o sr. quer aumentar mais os salários dos parlamentares? João Paulo - Eu não quero aumentar. A remuneração deve ser reconstituída agora no final deste mês. Eu não serei mais deputado a partir de fevereiro, mas os meus pares devem receber um salário de tal forma que permita que exerçam seus mandatos plenamente. Esta remuneração é insuficiente para a própria sobrevivência do parlamentar. O presidente da República tem mordomias. Não paga nada e nem gasta com nada. O deputado paga suas despesas, mantém o escritório no Estado que representa e se mantém em Brasília. O deputado é tido como marajá, como vagabundo. É mentira. A imprensa centra fogo no deputado e não fala do setor privado. Folha - Por que os servidores públicos terão um aumento muito menor, cerca de 25%, contra os mais de 90% dos parlamentares? João Paulo - Nesse momento são duas coisas distintas. A época de fixar o salário dos parlamentares é agora, de acordo com a Constituição. Folha - A proposta do sr. incomoda o PT, que sempre foi contra aumento de parlamentar e a favor de aumento do salário mínimo? João Paulo - Eu preciso ouvir meus pares ainda. Texto Anterior: Projeto dá mais dois salários a congressistas Próximo Texto: Votação do mínimo testa base do governo Índice |
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