São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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Carneiro chora e acusa em despedida

Senador do Rio diz ter sido traído

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Nélson Carneiro (PP-RJ), 84, encerrou ontem seus 43 anos de vida pública com um discurso marcado pela mágoa e emoção.
Indiretamente, Carneiro responsabilizou por sua derrota na última eleição o governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), o presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador eleito Artur da Távola (PSDB-RJ).
"O responsável por minha derrota é o Judas do Rio de Janeiro", disse, referindo-se a Alencar.
O outro candidato da coligação ao Senado, Artur da Távola, foi acusado de insinuar, no horário eleitoral, que Carneiro não teria condições de cumprir outro mandato de oito anos, "até o século 21".
A mágoa em relação a FHC se deveu, segundo Carneiro, às suas reiteradas demonstrações de que preferia Artur da Távola no Senado.
Início
Nélson Carneiro começou sua militância política em 1929, no Partido Democrático Universitário da Bahia.
Em 1947, foi eleito deputado federal e reeleito por outras quatro legislaturas. Chegou ao Senado em 1971, quando foi líder do MDB.
Depois do discurso –que, com os apartes, durou quase três horas–, Carneiro passou rapidamente por seu gabinete e foi embora às 18h05, sem esperar pela votação das matérias do dia.

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