São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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Similaridades

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Ecoa pelo mundo o "erro de um bilhão de dólares", como dizia o correspondente Lucas Mendes, ontem na Cultura.
Com imagens dos canais de economia da televisão a cabo americana, o correspondente comentou que as reações vêm trazendo "uma dose de ironia quanto ao sistema brasileiro de contar o que está entrando e o que está saindo".
Lucas Mendes entrevistou um especialista de um banco de investimento de Nova York que foi impiedoso. "O mercado não vai gostar disso. Há explicações que se podem dar, mas a coisa assustadora é que a importação foi de bens de consumo. Isso é muito preocupante."
O analista diria depois que "o problema é que o Brasil tem muitas similaridades com o México", entre elas, a de que "está usando a moeda para se defender contra a inflação".
Na CNN, quase no mesmo horário, surgia outro registro sobre as similaridades entre o México e o Brasil, em meio à cobertura da crise cambial.
A estrela sobe
Adib Jatene estava outra vez na tela, ontem. Falou ao vivo para o SBT, recebendo mais elogios do que perguntas.
O ministro reagiu mais com discurso do que com respostas. Por exemplo, "eu não tenho só esperança, mas a segurança de que vamos mudar" o quadro da saúde brasileira.

Operação de risco
Continua em queda livre a Operação Rio.
Depois do helicóptero e, a seguir, da morte do soldado, ontem um militar saiu "ferido numa operação do Exército", num morro em Niterói que é "comandado pelo Comando Vermelho", como registraram Manchete e Record.
Numa segunda ação, ontem, "as tropas geraram protestos com a ocupação irregular de uma indústria" que serviu de apoio para invadir um favela que carrega o sugestivo nome de morro do Adeus.
Se não bastasse, a ação foi um fracasso. Segundo o SBT, antes da chegada dos militares houve uma queima de fogos e os chefes do tráfico sumiram. Entre eles, o maior, Uê.

Suicídio
A manchete da Manchete:
– Congresso aprova anistia ao senador Humberto Lucena.
É o Congresso suicida, de que fala Villas-Boas Corrêa. Ou a democracia suicida.

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