São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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Unificação enfrenta dificuldades

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a unificação dos impostos sobre o consumo, o governo pretende desonerar a produção e facilitar o capital de giro das indústrias. A unificação está em estudo, no âmbito da reforma tributária.
A proposta, em forma de emenda constitucional, será enviada ao Congresso no próximo dia 15.
A idéia é fundir em apenas um os três impostos atuais cobrados sobre o consumo –o federal IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o estadual ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o municipal ISS (Imposto sobre Serviços).
A arrecadação, que ficaria com a Receita Federal, seria dividida entre a União, Estados e municípios. Conforme avaliações da área técnica do Ministério da Fazenda, é este o ponto que deverá enfrentar maior resistência, por conflitar com o sistema federativo.
Esta mudança tira dos governos estaduais o poder de legislar sobre seu principal imposto, o ICMS. O mesmo acontece com os prefeitos, que perderiam o ISS.
No governo, os defensores da unificação também acham que ela não trará aumento direto de impostos para os consumidores finais.
A desvantagem, segundo a Folha apurou, será na fiscalização. O recolhimento do novo imposto ficaria concentrado nos cerca de 4 milhões de estabelecimentos de comércio varejista no país.

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