São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995 |
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Condessa luta por babá brasileira
ROGÉRIO SIMÕES
Edna, que é brasileira, trabalha para Noemi há cerca de 20 anos. No último dia 7 de janeiro, ela foi barrada por um funcionário da imigração, no aeroporto de Heathrow (Londres). Edna voltava da Itália com a condessa, onde foram passar os feriados de Natal e Ano Novo. Ela estuda inglês na Inglaterra e tem um visto de estudante que expira dia 27 de fevereiro. Mas, segundo Nigel Leskin, advogado da condessa, o funcionário da imigração não aceitou o visto. Edna só conseguiu permanecer na Inglaterra porque o advogado conseguiu uma liminar na Justiça. Foi concedido um visto provisório e agora está sendo aguardada uma decisão do Alto Tribunal britânico sobre o caso. Segundo Leskin, a decisão não deve sair antes de seis meses. "Nesse tempo, sua permanência na Inglaterra está sub judice", disse. O recurso dos advogados da condessa se baseia no fato de que a brasileira Edna Pinheiro tem um visto de residência regular na Itália, pelo qual tem direito de deslocar-se livremente por outros países da União Européia. Mas Leskin afirma que pretende também conseguir um documento que permita que Edna entre ou saia de qualquer país, mesmo fora da Comunidade Européia, acompanhada da condessa. "Quero um registro de empregado doméstico", disse Leskin. O advogado afirma que o receio das autoridades britânicas de que a brasileira estivesse querendo entrar no país para tentar conseguir um emprego ilegal é infundado. "Ela trabalha em tempo integral para a condessa. Mesmo que quisesse, não conseguiria arrumar outro emprego." Mudança Há dois anos, a condessa Cinzano decidiu morar em Londres, porque queria que seus dois filhos, de 10 e 12 anos, se educassem em escolas britânicas. Segundo Noemi, Edna trabalha como babá de seus filhos, de 10 e 12 anos, e ao mesmo tempo desempenha funções de secretária. Segundo a condessa, Edna é da região Norte do Brasil, de uma família muito pobre, e é muito inteligente. A condessa Noemi Cinzano é filha do falecido Alberto Marone Cinzano, que ao morrer (em 1989) lhe deixou um império que, além da empresa Cinzano, incluía o engarrafamento das bebidas Smirnoff, Baileys e Jim Beam, que logo foram cedidos à sociedade Gran Met. Noemi, que está divorciada de Gelasio Gaetani, dirige desde então a empresa que tem sede em Siena, onde se produz azeite de oliva e o famoso tinto Brunello de Montalcino. Com agências internacionais Texto Anterior: Frei Damião recebe alta do hospital; Prejuízo em estradas chega a R$ 2,4 mi no PR; Passarela das cataratas é liberada ao público; Transporte ferroviário volta ao normal no MS Próximo Texto: 2.620 brasileiros estendem vistos Índice |
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