São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Zico aprendeu a avaliar gravidade de tremores Ex-jogador diz que beirou o desespero em terremoto MÁRIO MAGALHÃES
"Não sou de me assustar, mas eu dormia com meu filho caçula no 15º e último andar de um prédio", contou. "Houve uma tremedeira, deu uma balançada, e eu estava sem minha mulher, Sandra, por perto para ajudar a cuidar do Thiago. Foi duro." O maior tremor de terra vivido por Zico foi em 1993. "Eu estava em minha casa de Tóquio, dando uma entrevista à então correspondente da Folha no Japão, Andréa Fornes." "Senti a casa sair do lugar. Tudo treme, os copos balançam." Zico aprendeu a avaliar a gravidade dos terremotos. "Quando as coisas balançam lateralmente, saindo do lugar, dá para segurar. O problema é quando tudo mexe verticalmente, de cima para baixo, como nesta semana." Zico não era obcecado pelas medidas de prevenção de acidentes em caso de tremores. "Sandra, minha mulher, fazia isso. Como as autoridades recomendam, ela deixava uma bolsa, com muita água para o caso de ficarmos presos." A rotina doméstica tinha peculiaridades. "Sempre, toda noite, sem nunca esquecer, desligávamos o gás antes de dormir. O problema não é tanto o terremoto, mas o que vem depois, como o fogo." Texto Anterior: Londrina busca informações Próximo Texto: Brasileira perde marido e os dois filhos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |