São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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Nairóbi une caos urbano e vida selvagem

MANOEL DIRCEU MARTINS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As autoridades turísticas do Quênia definem o país como terra dos imensos contrastes. Nairóbi, o maior centro populacional, econômico e administrativo do leste africano, é o retrato desta constatação.
Como São Paulo, Caracas ou Bombaim, a capital do Quênia combina em suas ruas arranha-céus de vidro, favelas, ônibus cheios, funcionários públicos, milionários e pedintes. Só que com distância muito menor entre eles.
No coração agitado da cidade, o Parque Uhuru (que significa liberdade em kusiahili) faz uma pausa de silêncio ao lado do engarrafamento da avenida Kenyata.
Os ônibus lotados despejando passageiros são um prato cheio para quem adora o termo "terceiro mundo", assim como a pintura descascada das cabines telefônicas vermelhas, no centro da cidade, que recobram a herança dos cem anos de domínio britânico.
O Museu Nacional de Nairóbi, na zona norte, após o campus da Universidade, prioriza a Pré-História e ciências naturais.
Ali estão expostos alguns dos crânios de primatas dos mais antigos descobertos no Lago Turkana, que endossam a teoria de que o Quênia foi o berço da humanidade.
Na sessão dos grandes mamíferos há um esqueleto verdadeiro de uma variedade extinta de elefante cujo marfim chegava a quatro metros de comprimento.
Em frente ao museu, o parque das serpentes, com najas, crocodilos e camaleões, merece visita.
A história e a fantasia se confundem no museu Karen Blixen. A casa grande ocupada entre 1914 e 1931 pela baronesa do café e escritora é a mesma que aparece no filme "Entre Dois Amores".
A 13 km do centro, o Parque Nacional de Nairóbi possibilita um contato com a maioria dos animais selvagens do leste africano. Boa opção para quem perdeu as expedições.

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