São Paulo, sexta-feira, 20 de janeiro de 1995
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Taxa de inflação em São Paulo recua para 1,19%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação voltou a registrar pequeno recuo em São Paulo. Nos últimos 30 dias terminados em 15 de janeiro, os preços subiram 1,19% em média para os paulistanos, contra elevação de 1,28% nos 30 dias terminados em 8 de janeiro.
Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e se referem aos gastos das famílias com renda de até 20 salários mínimos. Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, diz que desde o final de dezembro a inflação está estável.
As variações que estão ocorrendo na taxa são provenientes de pequenas oscilações entre os componentes do índice, diz o economista. Na segunda quadrissemana, período divulgado ontem, alimentação e habitação foram os responsáveis pela desaceleração.
Os alimentos ficaram em média, 0,04% mais baratos para os paulistanos. Os produtos semi-elaborados continuam com queda (-0,95%), devido à redução dos preços das carnes, enquanto os "in natura" começam a elevação tradicional deste período de ano.
Com queda de 2,3% na primeira quadrissemana do mês, os produtos "in natura" subiram 0,24% na segunda. Neste ritmo de aceleração, terminam janeiro com alta de 6%, diz Heron do Carmo.
Os alimentos industrializados também estão subindo menos. A alta na segunda quadrissemana foi de 0,6%. Para o economista, alguns dos produtos que tiveram forte aceleração no segundo semestre do ano passado, como mozarela, não conseguiram manter os preços naquele patamar e estão em queda.
Os gastos no setor de habitação subiram 3,40% nesta quadrissemana (3,79% na anterior) e foram puxados por aluguel. Este item, no entanto, após forte aceleração nos primeiros seis meses do real (85%), começa a subir menos.
Nos últimos 30 dias terminados em 15 de janeiro, os paulistanos pagaram em média 8,33% mais pelo aluguel, contra 9,04% na quadrissemana anterior. A tendência é de queda.
Os demais setores não tiveram grandes mudanças. Os custos com educação continuam estáveis (0,97%), mas a pressão no setor pode aumentar em março, dependendo dos repassses para as mensalidades, item de peso no índice.
Segundo as projeções da Fipe, a taxa em fevereiro deve ser inferior ao 1,5% previsto para janeiro.

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