São Paulo, sexta-feira, 20 de janeiro de 1995 |
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Vítimas são cremadas
PAULO MATUCK
Localizá-los rapidamente para evitar que sejam cremados sem autorização é o principal objetivo da Embaixada do Brasil em Tóquio. O ministro conselheiro da embaixada na capital do Japão, Ricardo Drummond de Mello, afirmou temer que japoneses e estrangeiros tenham o mesmo tratamento e sejam cremados. Os japoneses, em sua maioria budistas, têm o hábito de cremar os corpos. "Temos informações da Cruz Vermelha dando conta de que as autoridades japonesas tratam igualmente as vítimas, e estrangeiros estão sendo cremados. Tenho receio de que nem sempre seja possível identificar os brasileiros a tempo", afirmou Mello, por telefone, à Agência Folha. Os diplomatas brasileiros ainda não sabem se o auxílio prometido pelo governo japonês às vítimas do terremoto será estendido aos brasileiros. O Japão vai abrir uma linha de crédito especial que oferecerá cerca de US$ 2 mil a cada vítima. Para tomar o empréstimo não será necessário oferecer qualquer tipo de garantia ao governo. Além disso, o governo pagará uma indenização para os proprietários de imóveis destruídos durante o terremoto. O valor é de US$ 50 mil por casa ou apartamento. Texto Anterior: Primeiro-ministro quer rever leis japonesas de construção Próximo Texto: Brasileiros mortos no Japão já são 6 Índice |
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