São Paulo, sábado, 21 de janeiro de 1995
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Astrônoma diz que horóscopo está errado

ROGÉRIO SIMÕES
DE LONDRES

Os signos do Zodíaco são 13 e ocupam períodos do ano diferentes dos conhecidos publicamente. Esta tese será defendida amanhã pela astrônoma britânica Jacqueline Mitton, da Royal Astronomical Society, em um programa de televisão, exibido pela BBC.
O 13º signo apontado pela astrônoma seria esculápio, que representaria Asclepius, o deus da cura ou da medicina. Seu símbolo seria um homem ao lado de uma cobra, enrolada em forma de espiral. O novo signo começaria em 30 de novembro e terminaria em 17 de dezembro.
Segundo Jacqueline Mitton, as datas e os signos conhecidos do Zodíaco foram determinados há cerca de 2.000 ou 3.000 anos e foram mantidos até hoje.
Mas mudanças no eixo da Terra provocaram variações na composição do Zodíaco e nas datas de início de cada um dos signos, determinados pela constelação que está à frente do Sol no momento do nascimento.
Os astrólogos sempre trabalharam com 12 divisões iguais, mas, segundo Mitton, esta distribuição não reproduz a realidade que se vê no céu.
Divisão
A astrônoma afirma que cada constelação de estrelas, à qual o signo corresponde, cobre uma parte diferente do céu, algumas maiores que as outras. Por isso, as divisões não poderiam ser iguais, 30 dias para cada um, como defende a astrologia.
Segundo o "novo" Zodíaco, os nascidos no dia 27 de fevereiro, por exemplo, não seriam mais de peixes e sim de aquário. Enquanto muitos signos teriam menos de um mês, virgem passaria a ocupar 45 dias, de 16 de setembro a 30 de outubro.
As mudanças nas constelações continuam ocorrendo, segundo a astrônoma, com os signos caminhando à frente na sua data de início. Mas isso só seria percebido em algumas centenas de anos. Depois de 26 mil anos, todas as constelações voltariam à posição inicial.
Verdade
Jacqueline Mitton disse que sua intenção ao defender esta tese, compartilhada por outros astrônomos, é dizer às pessoas o que há de verdade sobre o Zodíaco.
"Os astrônomos sabem disso há anos. Nós trouxemos esta tese neste momento porque é algo que muitas pessoas não conhecem", disse.
"Esperamos que as pessoas possam se interessar pela verdadeira astronomia e procurar as constelações no céu por elas mesmas."

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